Gosto de azinhavre
Sentado debaixo dum pé de pêssego, distraidamente em minha
antiga mente, é o que faço exatamente ao recordar de antigamente; embrenhado
num sutil sossego, e neste aconchego, chego a me ver pedindo arrego ao tempo.
Porém neste presente também contemplo contente o templo de minha singela
existência e, nesta já antiga teimosia de viver a aleivosia duma lembrança
fantástica de pessoal fantasia, no bem-querer de minha infância elástica, já
que quer perdurar eternamente. Independentemente do que fica pendente em minha
mente, recordar e se doar ao amor da existência, cuja insistência é a eterna
permanência dum vício de amor-sacrifício e clemência. Sinto o prazer ao ver o
vergel do local a me satisfazer neste meu jeito-bedel de viver ao reaver um
passado presente imortal, e ao desenrolar dum eterno carretel no sentimento de
mais um menestrel...
A depressão advém dum remoto além ignoto de automalquerência
de aparência ao léu, é uma briga tamanha, apesar de tacanha a fazer constância
bisonha ao ato de viver.
Crer de verdade na impessoal verdade traz a veracidade, não
fazer o mal, sentar num pomar, sem levar a mal o tamanho do assento que se há
de ter, e saborear o ar, deixar o espírito descansar devagar nas asas da paz ao
divagar no próprio arfar natural, sem se autocondenar: é a sabedoria que o ser
gostaria de obter, mesmo sem nada entender dessa esbórnia-orgia de viver.
Ao praticar o perdão estar-se-á praticando o autoperdão, e
isso é parte da felicidade...
jbcampos
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